Um dos principais produtores musicais do mundo e responsável pelos álbuns mais bem sucedidos da carreira de Michael Jackson, Quincy Jones deu uma entrevista um tanto quanto polêmica ao jornal espanhol El País.Ao ser perguntado sobre uma possível competição entre ele e Michael, Jones afirmou que “não tinha tempo a perder com esse tipo de bobagem”, lembrando, em seguida, que seu currículo é bem mais extenso e possui nomes bem maiores que o do rei do pop.
“[Michael] não tinha tanto talento quanto outros músicos com quem já trabalhei, como Louis Armstrong, Frank Sinatra, Nat King Cole, Billie Holiday, Aretha Franklin e Ray Charles. Ele era grande, mas não jogava no mesmo time que esses artistas que eu citei. Eu tenho sete filhos e participei de 40 filmes, não tenho tempo a perder com esse tipo de bobagem”, disparou.
Ainda tendo o rei do pop como tema, Quincy Jones lembrou a genialidade do trabalho que desenvolveu com Michael: “Juntos conseguimos ser geniais. Ninguém tinha feito nada como isso antes e ninguém conseguiu nada parecido depois”.
Apesar de ser considerar bastante responsável pelo sucesso de Michael Jackson e de diminuir a importância do rei do pop frente à nomes como Frank Sinatra e Louis Armstrong, Jones faz justiça ao falar sobre a versão de “Billy Jean” que foi lançada recentemente, mais crua, na edição comemorativa de 25 anos de “Thriller”: “Ele escreveu a música, a ideia foi dele. Ele compôs uma série de músicas maravilhosas e eu as levei onde elas tinham que chegar. Esse é o trabalho de um produtor”.
Durante a entrevista, Quincy Jones também falou sobre outros temas, como a crise fonográfica, Barack Obama – “Obama é especial. Ele tem a mesma qualidade que meu velho amigo Martin Luther King” – e sua opção pelo pop em detrimento do jazz.
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